Opinião: Algarve forever
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Allgarve. Já não bastava chamar Oporto à cidade do Porto para agora se confundir as pessoas com esta designação que vem baralhar por completo o nome que constitui já uma marca de renome que é, na realidade o Algarve.
Por mais argumentos que os criadores e apoiantes da ideia defendam, nada justifica que se mexa numa marca. Pode-se sim é pegar-lhe e levar à boleia uma panóplia de ideias.
Podiam optar por uma série de ideias-força, que não vou estar agora a referir, embora possa apontar dois exemplos: "Algarve - Where all happen" ou mesmo, pegando da iniciativa "Algarve convida", onde o convida pode ter duas interpretações: a de convidar e de manifestar que há um Algarve com vida à sua espera.
Ainda por cima, argumenta-se que o principal objectivo da designação Allgarve é a valorização do produto turístico algarvio. Bem sei que em tempos a Benetton apostou em imagens-choque para se promover, mas até essa estratégia foi abandonada.
Perante este cenário, não foi estranho ver as forças vivas do turismo do Algarve deitarem as mãos à cabeça e defenderem a sua região.
Quanto ao que está subjacente ao que o governo pretende com esta medida durante os próximos três anos, na generalidade vemos alguns pontos de interesse. Agora não entendemos muito bem a insistência na importância dada às low cost, como se fossem as salvadoras da pátria. O mesmo não se compreende com a intenção de criar ainda mais regiões de turismo. Qualquer dia haverá a região de turismo do Beco dos Pardais ou da Travessa dos Caracóis.
Paulo Camacho
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