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OMT antevê números preocupantes no turismo









A OMT admite que as viagens de lazer, especialmente para
visitar amigos e familiares, devem recuperar mais rapidamente do que as viagens
de negócios
📷  Pixabay  📷





A
Organização Mundial do Turismo (OMT) reviu os dados esperados devido à pandemia
de covid-19 e acaba de admitir que o número de turistas internacionais poderá
diminuir de 60 a 80% em 2020. No final de março estimava uma queda de apenas 20
a 30%.


As previsões
baseiam-se em três cenários de saída da crise: reabertura das fronteiras e
supressão das restrições de viagem no início de julho (descida de 58% nas
chegadas), no início de setembro (-70%) e no início de dezembro (-78%).


A OMT estima
que 100 a 120 milhões de empregos diretos no setor estão ameaçados e apenas
espera ter “sinais de recuperação no último trimestre de 2020, mas sobretudo em
2021", com uma retoma da procura interna mais rápida do que a da procura
internacional.


O secretário-geral
desta organização não governamental das Nações Unidas, Zurab Pololikashvili,
diz, a propósito que o mundo “enfrenta uma crise sanitária e económica sem
precedentes” e que o turismo “foi duramente atingido e milhões de postos de
trabalho estão em risco num dos setores da economia que mais mão-de-obra
emprega”.


As chegadas
de turistas já diminuíram 22% no primeiro trimestre do ano e em março
registou-se uma queda de 57%, depois do início da contenção em muitos países,
segundo a OMT.


Por outro
lado, em todo o mundo, o setor perdeu 74 mil milhões de euros durante os três
primeiros meses do ano, considerando a organização que esta é, de longe, a pior
crise que o turismo internacional enfrentou desde que há registos (1950).


No entanto,
a organização internacional, que tem sede em Madrid, admite que o impacto será
sentido em diferentes graus nas várias regiões do mundo com momentos de
sobreposição, esperando-se que a Ásia e o Pacífico comecem a recuperar antes.


A OMT admite
que as viagens de lazer, especialmente para visitar amigos e familiares, devem
recuperar mais rapidamente do que as viagens de negócios.


As
perspetivas mais positivas são para África e o Médio Oriente, com a maioria dos
peritos a prever uma recuperação em 2020, enquanto as Américas são as mais
pessimistas, com uma recuperação considerada difícil em 2020.


Para a
Europa e a Ásia, as perspetivas são mistas, com metade dos peritos a preverem
uma recuperação no decurso deste ano.


Face a uma
diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns
países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos
a aliviar diversas medidas.

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