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Grupo Pestana considera que não há cultura de turismo em Portugal

Lisboa à noite com o emblemático elétrico 28
(foto: pixabay)
O Grupo Pestana considera que à falta de uma “Cultura de turismo” em Portugal. E explica porquê.
Considera que em Portugal, embora reconheça que se tenham dado passos positivos na participação de entidades privadas na gestão dos destinos, a intervenção do Estado, ao nível dos seus diferentes departamentos, no que se refere às suas funções básicas, continua a ser muito insuficiente.

Entende que o Turismo continua a ter pouca voz activa nas políticas de ordenamento do território e que perdura a imagem de um «sector predador do ambiente». Daí as dificuldades no desenvolvimento de qualquer projecto.
Não obstante, sublinha que, apesar do contexto de aparente preocupação pelo correcto ordenamento do território, se verifica que o arranjo urbanístico, em muitos casos, «termina à porta de entrada dos empreendimentos, local onde começa a responsabilidade pública».
Ainda no seguimento de críticas, pode ler-se no relatório de contas do Grupo Pestana SGPS, que a sinalização e a limpeza das áreas de maior utilização continuam a ser insuficientes em algumas regiões, e que constituem um factor de constrangimento à competitividade das empresas do sector.
Em relação ao acesso ao património cultural, monumental, histórico ou ambiental, sublinha que é condicionado por mil e um factores, a que, diz, não raras vezes, o mercado turístico é completamente alheio, «pelo que se desperdiça uma das potenciais vantagens comparativas de Portugal».
Por outro lado, no tocante à legislação laboral, diz que «não atende às características específicas do sector». Ou seja, a existência de picos de actividades sazonais, semanais ou diárias, não é considerada, podendo conduzir, assim, a um «nivelamento por baixo na qualidade do serviço», pela insuficiência dos quadros de pessoal face às necessidades reais das alturas de maior intensidade.
Neste âmbito, o Grupo Pestana evidencia que a rigidez do mercado laboral provoca, pela via do acréscimo de concorrência, uma estagnação ou redução desses mesmos quadros de pessoal, «perdendo o país» a oportunidade de combate ao que diz ser o flagelo do desemprego pela criação de postos de trabalho neste sector.
No domínio das estradas, aponta que a rede viária secundária é, em algumas partes do país, incluindo as de maior utilização turística, motivo de grande preocupação, constrastando em absoluto com o esforço de investimento e a qualidade da rede principal.

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