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Opinião: Amigos, amigos, mas ...




Quem me conhece sabe muito bem que sou o primeiro a defender a TAP. Por isso, detesto a crítica fácil que se faz da companhia, a maior parte das vezes sem razão alguma a não ser porque, simplesmente, é a TAP.


Mas por mais que gostemos da transportadora, além da crítica que devemos fazer pela forma comercial como tem agido com a Madeira, sobretudo depois do novo modelo de subsídio de mobilidade em que os preços ganharam altitude facilmente, a verdade é que existem ocasiões que temos de manifestar o nosso descontentamento.





Por outro lado, num ano onde os ventos têm sido massacrantes nas operações de todas as companhias que operam no Aeroporto da Madeira, com muitos cancelamentos de viagens, a última coisa que se espera é que a TAP deixe de fazer voos programados, seja por razão for.


Não se compreende o cancelamento de 3 ligações do Continente (2 de Lisboa e 1 do Porto) de ontem que borregaram e os passageiros nem embarcaram.


No caso concreto do voo TP 1691, que deveria partir de Lisboa às 21h50, foi dito algum tempo antes que voo estava atrasado devido à falta de um tripulante. Informaram que às 22h10 dariam mais detalhes acerca da operação. Perto dessa hora disseram que só pelas 23h30 voltariam a falar acerca do voo. E, por essa hora, quando a aplicação da TAP no telemóvel referia que o avião ia sair precisamente a aquela hora, foi transmitido aos passageiros que o voo foi cancelado devido à falta de um piloto.





Depois, aleatoriamente, uns passageiros foram recebendo novos voos, uns para hoje, outros para amanhã… E compensações pelo transtorno? Zero para o passageiro simples que não tens cartões Gold da TAP, o que não se compreende. Nem refeições nem hotel. Não está em causa o tratamento ao cliente mais frequente da companhia, que é perfeitamente aceite, o que aqui criticamos é a maneira de agir com os outros.


A resposta é que há um montante máximo para o transporte, que o passageiro tem de adiantar, e depois dizem igualmente que há um valor de 70€ para alojamento, que, mais uma vez, é o viajante que tem de suportar.




Outra questão que aqui deixo é para quem tem de se apresentar ao trabalho no dia seguinte...




Isto é inconcebível, um desrespeito por qualquer passageiro, mas sobretudo pelo residente na ilha da Madeira que depende exclusivamente deste tipo de transporte para sair ou chegar à ilha.

Nem é o ferry que começa a operar na próxima semana, e por três meses, que pode ser visto como alternativa.




Paulo Camacho

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