Estado norueguês sai da estrutura acionista da SAS
A SAS mantém Suécia e Dinamarca como acionistas, embora longe da maioria 📷 Pixabay 📷 |
Não deixa de ser curioso que numa altura em que se fala das vantagens ou desvantagens do Estado português ter ou não maioria na TAP o governo norueguês tenha decidido alienar o que ainda tinha na companhia SAS (Scandinavian Airlines Systems). Vendeu ontem 9,88% da sua posição por 63 milhões de euros.
por Paulo Camacho
A aquisição do que o Estado norueguês não quis foi feita por investidores noruegueses e estrangeiros, que compraram as 37,8 milhões ações.
No entanto, nas vizinhas Suécia e Dinamarca, os respetivos governos ainda mantêm as suas fatias na estrutura acionista da SAS, com 14,8 % (que continua a ser o maior acionista) e 14,2%, respetivamente. O restante capital está nas mãos de acionistas noruegueses e estrangeiros.
A companhia tem conhecido ultimamente problemas financeiros que levaram despedimentos e um traçar de rumos tendentes a cortar nos custos. Apesar disso, ou talvez em virtude dessa política, obteve um lucro de 115 milhões de euros no último exercício fiscal, que traduz -13% que em período homólogo, e transportou 29 milhões de passageiros.
A SAS surgiu em 1946, depois da segunda guerra mundial, fruto da união entre as companhias aéreas nacionais da Noruega, da Dinamarca e da Suécia.
Em 2001 passou a ser uma companhia aérea privada, embora os estados escandinavos se mantivessem como maiores acionistas.
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