Antigo Island Escape rumo à sucata
Finalmente, após mais de um ano sem qualquer operador, o atual Ocean Gala 1 (ex. Ocean Gala, Island Escape, Viking Serenade e Scandinavia), iniciou a sua derradeira viagem com destino final a Alang, Índia.
por Mário Camacho
O Island Escape durante uma escala no porto do Funchal (foto: Paulo Camacho) |
Mede 185 metros de comprimento por 27 de largura e possuía capacidade máxima para 1,800 passageiros e 610 membros da tripulação. 40,132 toneladas de arqueação bruta irão em breve encalhar nas praias de Alang, Índia, renomado sucateiro mundial na indústria marítima.
Foi construído como navio ferry para operação em águas nórdicas - aquando do seu lançamento era o maior navio deste tipo no mundo -, até ser transformado em navio de cruzeiro. Chegou a operar pela conhecida Royal Caribbean International. Entre outros, um dos seus destaques era mesmo o museu de bordo que possuía enquanto Island Escape - nomeação que chegou a trazê-lo ao Funchal, destacado pela Thomson Cruises para cruzeiros semanais nas Canárias e Madeira -.
Mais recentemente, era visto como possibilidade para servir de instalações de apoio a refugiados, mas a visão falhou e o paquete passou cerca de meio ano fundeado ao largo do Egipto, mesmo à entrada do Canal do Suez, entre os últimos meses de 2016 e maio de 2017, altura em que começou a descer o referido canal, até as imediações do Dubai, aonde se encontrava até esta passada semana e foi renomeado de Ocean Gala 1, tendo alterado o registo para St. Kitts and Nevis - a conhecida 'bandeira da morte' -. Curiosamente, previamente ao início da derradeira viagem, voltou a alterar registo, desta feita para Comoros, algo mais raro de se ver. Apesar de ainda se encontrar em viagem, por propulsão própria, o AIS do navio já o dá como decomissionado ou perdido.
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