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Tripulantes da Ryanair convocam greves para março e abril




A companhia de aviação Ryanair está de novo a ser alvo de críticas

“Práticas empresariais que prejudicam gravemente” direitos dos trabalhadores. É isso mesmo que os tripulantes de cabine da Ryanair em Portugal argumentam para convocar até três dias de greve na última metade de março e até três dias na primeira quinzena de abril.



por Paulo Camacho



Segundo revela a agência Lusa, os tripulantes, reunidos ontem em assembleia-geral de emergência, em Lisboa, decidiram mandatar a direção do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil para convocar as referidas greves, “caso não haja uma alteração imediata e substancial das práticas empresariais que prejudicam gravemente os direitos dos tripulantes de cabine”.

A agência refere que a moção aprovada na reunião acusa a companhia de não cumprir a legislação laboral portuguesa e de deterioração das condições de trabalho nos últimos anos, onde sobressai o “aumento do ‘bullying’, processos disciplinares abusivos, condicionamento psicológico dos tripulantes, ameaças de transferência de base em caso de não cumprimento dos objetivos de vendas e o total desrespeito pelas leis da parentalidade portuguesa, tornando a situação laboral na empresa insustentável para os tripulantes de cabine”.



Por outro lado, os tripulantes criticam ainda o não pagamento de um salário mensal mínimo, garantido em Portugal, aos trabalhadores contratados por duas agências e por só se garantir a retribuição mínima se houver uma redução salarial. E apontam igualmente a existência de “contratos precários há mais de 10 anos”, a recusa em tratar os tripulantes com o “mínimo de respeito e dignidade humana, exigível a qualquer empresa a laborar em Portugal” e o adiamento do diálogo com os sindicatos dos tripulantes.

No entanto, referem que após “todos os esforços possíveis para resolver o conflito com a empresa de forma pacífica”, decidiram que a direção do sindicato, além de convocar greve, deve “continuar a desenvolver todos os esforços perante a Ryanair e restantes entidades nacionais” para garantir o “cumprimento integral do direito constitucional e laboral português”.

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