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Concurso do ferry fica às moscas e Governo vai lançar outro




A linha ferry entre a Madeira e o Continente não desperta interesse por parte dos operadores
(foto Paulo Camacho)


É
caso para dizer que a montanha pariu um rato. Afinal, mesmo com o
adiamento de 45 dias, nenhum dos 13 interessados que pagaram para
levantar o caderno de encargos para a nova operação ferry entre a
Madeira e o Continente português apresentou qualquer proposta. O
concurso ficou às moscas. 





por Paulo Camacho





Por isso mesmo, depois de terminado o
prazo, ontem, hoje mesmo, o vice-presidente do Governo Regional, que
já admitia este desfecho, estaria a trabalhar numa saída para um
novo passo no sentido de procurar tornar a operação mais
apetecível. Pedro Calado revelou que o executivo já está a
trabalhar num caderno de encargos para que seja lançado “muito
rapidamente um novo concurso”. A ideia é que tudo esteja concluído
até ao final desta semana.


O
governante referiu que o valor do concurso será o mesmo, de 3
milhões de euros anuais. Contudo, há uma nuance em relação ao
período de operação, já que será adaptado ao período entendido
como sendo de maior procura, o verão, e igualmente “às condições
mínimas dos armadores”. Isto porque sublinhou que a operação
“poderá ter algum índice de sazonalidade”.


Pedro
Calado referiu que apesar de 13 operadores terem levantado o caderno
de encargos, “até internacionais com experiência marítima,
nenhum deles conseguiu concretizar uma boa proposta, e nem sequer
apresentaram propostas”.


O
concurso público internacional, lançado no final de agosto, tinha
um prazo inicial de 70 dias e foi prolongado no início de novembro
por mais um mês e meio porque uma das empresas concorrente,
açoriana, pediu um adiamento para cumprir as cláusulas exigidas do
concurso.


Algumas
das exigências do concurso anterior era que o navio a utilizar na
linha teria de operar com bandeira comunitária e pelo período
mínimo de serviço de três anos, tendo uma frequência semanal, de
ida e volta, com a particularidade de ser uma ligação subsidiada
para passageiros e carga agregada a estes.




Deveria
ter a capacidade mínima para transportar 300 passageiros e atingir
uma velocidade de serviço que permitisse fazer a viagem entre a
Madeira e o continente em menos de 24 horas.

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