NAV quer contribuir para a segurança do Aeroporto da Madeira
Os limites de vento no Aeroporto da Madeira remontam a 1964 quando os aviões eram bem diferentes dos de hoje (foto Paulo Camacho) |
“A NAV fará todos os investimentos que estiverem ao seu alcance se vierem a contribuir para a segurança da operação” no Aeroporto da Madeira. Quem o disse no Funchal foi José Matos, da NAV portugal que ontem esteve com Carlos Jesus e Rui Neves, da empresa responsável pela gestão do espaço aéreo português, na Comissão de Economia, Finanças e Turismo da Assembleia Legislativa da Madeira.
José Matos referiu que o objetivo final será o de perceber se os limites estão corretos, se fazem ainda sentido ou se é necessário alterá-los. Seja como for, evidenciou que, “acima de tudo, está a segurança da operação”.
A audição levou igualmente ao parlamento o presidente da Associação Portuguesa dos Controladores de Tráfego Aéreo, Sérgio Capela, e o representante na Madeira, Miguel Correia.
Tudo porque o principal aeroporto da Região Autónoma da Madeira tem conhecido um aumento médio da intensidade do vento ao ponto deste ano, por exemplo, ter afetado mais de 700 voos.A audição levou igualmente ao parlamento o presidente da Associação Portuguesa dos Controladores de Tráfego Aéreo, Sérgio Capela, e o representante na Madeira, Miguel Correia.
Assim, a empresa admite implantar equipamentos para avaliar a variação dos ventos no Aeroporto da Madeira. Não obstante, José Matos admite que são equipamentos para detetar ventos que “ainda não provaram a sua eficácia real”. Sublinhou que há autorização para avançar com os investimentos em 2018.
O Aeroporto da Madeira é a única infraestrutura aeroportuária nacional sujeita aos limites de vento, cujos ditames vêm já de 1964, ano em que o aeroporto madeirense foi inaugurado. E não são meras recomendações antes imposições que ultrapassam vontades dos comandantes dos aviões. Daí que a Autoridade Nacional da Aviação Civil tenha decidido enveredar por um estudo no sentido de apurar a possibilidade de mexer nos padrões que foram impostos para uma pista com menos cerca de mil e cem metros do que a atual e para aparelhos que estavam longe das evoluções dos que voam hoje.
Aliás, o que disseram aos deputados os membros da Associação Portuguesa dos Controladores de Tráfego Aéreo é bem uma evidência disto mesmo. Afirmaram que, nos últimos dois anos, cerca de três centenas de aviões constataram condições estáveis na aproximação à pista, embora os ventos estivessem acima dos limites. De qualquer forma, cerca de 20% dos comandantes destas aeronaves optaram por concluir a aterragem. Por isso, Sérgio Capela referiu que talvez os valores atuais precisem de ser revistos embora reconheça que o Aeroporto da Madeira é um caso particular em matéria de ventos ao nível da pista.
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