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Exposição "As Ilhas do Ouro Branco" divulga em Lisboa heranças patrimoniais identitárias dos madeirenses




Tríptico de São Tiago Menor e São Filipe (volantes)
(foto MNAA/Paulo Alexandrino)


Esta exposição contribui de forma dinâmica para a preservação e divulgação das heranças patrimoniais identitárias dos madeirenses. Reforça a fruição cultural e a educação de públicos. Perspetiva novos estudos sobre o património insular. Assim escreve Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Região Autónoma da Madeira, a propósito da exposição “As Ilhas do Ouro Branco. Encomenda Artística na Madeira: Séculos XV e XVI”, que está patente desde hoje, até o próximo dia 18 de março, no MNAA - Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.




por Paulo Camacho






O Presidente da República, o presidente do Governo Regional, e o ministro da Cultura


Uma exposição que antecipa as Comemorações dos 600 anos do Descobrimento da Madeira e do Porto Santo, que irão decorrer a partir de 2019 de forma mais intensa.


Anteontem houve uma conferência de imprensa na capital, onde esteve presente a secretária regional do Turismo e Cultura, Paula Cabaço. Ontem foi o dia da inauguração, que contou com as presenças do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de Miguel Albuquerque, e de outras entidades e convidados.


A exposição resulta de uma parceria institucional entre o Governo Regional da Madeira e o Museu Nacional de Arte Antiga, sob a tutela da Direção‑Geral do Património Cultural, do Ministério da Cultura.




O valor das obras expostas






Páo de Açúcar
(foto Pedro Clode)


O presidente do Governo Regional refere que foram selecionadas para esta mostra dezenas de obras de arte, originárias de capelas, igrejas e conventos regionais, provenientes de coleções privadas, instituições públicas, assim como da Diocese do Funchal, através das suas paróquias, e do Museu de Arte Sacra do Funchal.


Refere que “o conjunto de peças selecionado, abarcando obras significativas de pintura, escultura, ourivesaria, gravura, cartografia e cerâmica, e, ainda, documentos manuscritos, testemunha o período áureo da economia açucareira e do «ouro branco», que permitiu a encomenda, nos melhores mercados nacionais e estrangeiros, sobretudo flamengos, de obras de arte de superior qualidade, que identificam um sentido de modernidade dos seus comitentes, que tanto contribuíram para o património artístico do arquipélago da Madeira”.


Este núcleo de obras, agora exposto no Museu Nacional de Arte Antiga, “atesta, por um lado, as condições económicas dos encomendantes que circulavam na sociedade madeirense de então e, por outro, o gosto apurado pelo novo e moderno. As Ilhas do Ouro Branco, enquanto discurso expositivo, é uma celebração à cultura da Região Autónoma da Madeira, que ontem, como hoje, quer ultrapassar os limites geográficos. Trata‑se de uma grande embaixada cultural que evidencia e promove a marca e o destino Madeira”, complementa, acrescentando que o arquipélago da Madeira “sempre se caracterizou por uma ótica universalista, em que a cultura deve afirmar‑se como estratégia de desenvolvimento”.




Momento de grande projeção turística






Cruz processional
(foto DGPC/LJF, Luís Piorro)


Paula Cabaço, Secretária Regional do Turismo e Cultura, teve oportunidade de referir que a exposição realiza-se em Lisboa, porque é lá que, no fundo, “se inicia a grande epopeia marítima dos descobrimentos e é também desta forma e neste palco que reforçamos a nossa abertura ao mundo, apresentando uma Madeira virada para o exterior, que se deseja conhecer e afirmar, nesta ocasião, pela via de 6 séculos de história que se querem partilhados entre todos. É também, e naturalmente, um momento de grande projeção turística para um destino que tem uma oferta cultural inigualável, como se pode constatar através do património único que agora se expõe, neste local emblemático".


Enaltecendo a qualidade das obras que se encontram expostas, a governante refere que esta recolha "possibilitou a valorização de um património que se encontrava disperso", vindo permitir não apenas o desenvolvimento de uma investigação técnica e científica especializada como, também, a recuperação e restauro de algumas peças que ilustram este período histórico, "difícil de assegurar noutro enquadramento que não este".


"Esta é sem dúvida uma exposição de grande importância para a Região, que se espera conhecida por todos os madeirenses e portossantenses mas, também, pelo país inteiro e pelos nossos visitantes", remata.


Esta embaixada cultural do arquipélago em Lisboa é constituída por 86 obras de arte, que ilustram a especificidade da encomenda local a oficinas nacionais e estrangeiras.


Entre as obras expostas, evidenciam-se a Cruz processional (1500-1525), oferecida por D. Manuel à Sé do Funchal; a Virgem da Igreja Matriz da Ribeira Brava (início do século xvi), com o Menino Jesus nu e adormecido, esculpida no Brabante; o Tríptico da Descida da Cruz (c. 1518-1527), atribuído a Gérard David, possivelmente encomendado em 1518 pelo mercador de origem genovesa Umberto Lomelino; o Tríptico de Santiago Menor e de São Filipe (c. 1527-1531), atribuído a Pieter Coeck van Aelst, em cujas abas surgem os retratos da família de Simão Gonçalves da Câmara, dito o Magnífico, terceiro donatário do Funchal.




Horário da Exposição










Terça-feira - Domingo


10h00 - 18h00




Preçário




Normal


Exposição: € 6,00


Exposição + Museu: € 10,00




Criança (até aos 12 anos inclusive)


+ ICOM + AICA + Imprensa


+ Professores e Guias Intérpretes em formação ou exercício de funções


Exposição: Gratuito


Exposição + Museu: Gratuito




Jovem (13 a 18 anos)


Exposição: € 3,00


Exposição + Museu: € 9,00




Sénior (+ de 65 anos)


Exposição: € 3,00


Exposição + Museu: € 6,00




Escolas/por aluno (Gratuito para o professor acompanhante)


Exposição: € 2,50


Exposição + Museu: € 2,50




Universidades/por aluno (Gratuito para o professor acompanhante)


Exposição: € 3,00


Exposição + Museu: € 3,00




DGPC + GAMNAA


Exposição: € 3,00


Exposição + Museu: € 3,00




Agências e Operadores Turísticos


Exposição: Desconto de 10% por grupos de 20 bilhetes




Visitas orientadas


Público em geral


A partir de 24 de novembro:


Quarta-feira, sexta-feira e domingo, 15h30


(Exceto 1, 8, 24 E 31 De Dezembro)


Inscrições individuais, limitadas, por ordem de chegada, até 30 minutos antes, por telefone ou presencialmente:


213 912 800 / Bilheteira aa Exposição


€ 3,00 por pessoa




Grupos


Terça-feira a domingo


Marcação prévia obrigatória:


213912800 / Se@Mnaa.Dgpc.Pt


(Nos dias 17 e 18 de março não serão autorizadas visitas guiadas)




Grupos (Com orientação do MNAA)


Marcação prévia obrigatória:


213912800 / Se@Mnaa.Dgpc.Pt


Idiomas Disponíveis: Português; Inglês; Francês E Italiano


Até 20 participantes: € 60,00;


Gratuito para escolas do Ensino Básico e Secundário.




Visita-jogo


7 janeiro, 4 fevereiro, 4 março:


11h30


Crianças dos 6 aos 12 anos


Inscrições Individuais, Limitadas,


Por ordem de chegada


Até à sexta-feira anterior: 213 912


800 / se@mnaa.dgpc.pt


Gratuito




Informação adicional sobre as visitas com orientação do MNAA: o não cancelamento da visita ou aviso sobre a redução do número de participantes até 3 dias úteis antes da data marcada obriga ao pagamento do valor integral da visita guiada (Indicado aquando da marcação); é igualmente necessário avisar antecipadamente em caso de aumento do número de participantes.




O Museu Nacional de Arte Antiga






(montagem Museu Nacional de Arte Antiga)




Criado em 1884, o MNAA - Museu Nacional de Arte Antiga alberga a mais relevante coleção pública do País. Pintura, escultura, artes decorativas – portuguesas, europeias e da Expansão –, desde a Idade Média até ao século XIX, incluindo o maior número de obras classificadas como tesouros nacionais.




No acervo do Museu, localizado na Rua das Janelas Verdes, destacam-se os Painéis de São Vicente, de Nuno Gonçalves, obra-prima da pintura europeia do século XV, a Custódia de Belém, de Gil Vicente, mandada lavrar por D. Manuel I e datada de 1506, os Biombos Namban, final do século XVI, registando a presença dos portugueses no Japão, Tentações de Santo Antão, de Bosch, exemplo máximo da pintura flamenga do início do século XVI, São Jerónimo, de Dürer, inovadora representação do santo, e importantes obras de Memling, Rafael, Cranach ou Piero della Francesca.




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