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WalkMe apostou no CINM onde diz ser importante estar





Um dos segregos da WalkMe está no trabalho interligado da equipa
(foto: IBC News)

Já aqui escrevemos no Madeiraturis acerca da WalkMe Mobile Solutions. Uma jovem empresa que resulta do empenho uma equipa de jovens estudantes da Universidade da Madeira que juntaram a paixão pelas caminhadas e levadas às competências técnicas adquiridas na área da informática e a criaram.





por: Paulo Camacho





A última edição da IBC News, da Sociedade de Desenvolvimento da Madeira/Centro Internacional de Negócios da Madeira, apresenta uma extensa entrevista com Lígia Gonçalves da WalkMe. Neste trabalho, divulgado por estes dias, refere que atualmente, tendo em linha de conta que exportam cerca de 90% do que produzem e que a maior parte das receitas é gerada no estrangeiro, o Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM) tornou-se uma janela de oportunidade que não descuraram.


Nesta primeira empresa regional de aplicações móveis a 100% tudo começou com um guia para smartphones para os que querem descobrir a ilha através das Levadas da Madeira. Mas depressa avançaram para outras aplicações informáticas em áreas como os jogos móveis.


Hoje, feitas as contas, contam com mais de 22 milhões de utilizadores em todo o mundo, nomeadamente nos Estados Unidos da América, na Alemanha, no Reino Unido, em Itália e em França, o que, segundo Lígia Gonçalves, evidencia que residir na Madeira “não é um obstáculo mas até um privilégio dada à sua qualidade de vida e conexão com o mundo”.





Juntar paixão e conhecimento








(foto: IBC News)

A empreendedora recorda que a ideia de criar a WalkMe surgiu em 2012 quando estavam na última disciplina do Mestrado de Engenharia Informática na Universidade da Madeira. “Tivemos a ideia de juntar a nossa paixão pelas caminhadas pelas levadas e veredas da ilha da Madeira e as nossas competências técnicas na área da informática e desenvolvimento de software. Criámos a aplicação WalkMe - Levadas Madeira, que pretende ser um guia para todos aqueles que querem descobrir as maravilhas naturais da ilha da Madeira”.


Lígia Gonçalves refere que a partir daí, passaram a desenvolver várias aplicações noutras áreas que incluía notícias, utilitários e fitness, para experimentar diferentes mercados/áreas móveis. Em paralelo começam a desenvolver aplicações à medida para empresas regionais e internacionais, como aconteceu com a Noruega, no norte da Europa. E, como isso, sublinha que foram a primeira empresa regional de desenvolvimento de aplicações móveis a 100%.





22 milhões de utilizadores








A empresa tem hoje mais de 22 milhões de utilizadores
(foto: IBC News)



Posteriormente, deram o salto para a área dos jogos móveis, com jogos maioritariamente de Quiz e Palavras e onde já chegaram a mais de 22 milhões de utilizadores.


Refere que sucesso dos jogos “fez-se notar e fomos contratados para desenvolver um produto muito engraçado para uma academia de polícias de Espanha que, basicamente, é um jogo que prepara os candidatos nas provas teóricas para a admissão ao corpo nacional de polícias. O feedback tanto dos alunos como da instituição tem sido muito positivo”.





A aposta no CINM






Explica que em virtude da grande maioria dos seus utilizadores se encontrar fora de Portugal e, consequentemente, a maior parte das receitas da empresa chegar também de fora, a entrada no CINM “foi uma oportunidade que na altura surgiu, pois abriram as admissões com condições que a nossa empresa preenchia, nomeadamente volume de negócio fora de Portugal e número de postos de trabalho”.


Complementa que o processo foi também acompanhado pela StartUp Madeira, a incubadora onde ainda se encontram, que “nos ajudou sobretudo na parte burocrática. Além disso, optámos pela contratação de uma empresa de contabilidade especializada que é uma ajuda preciosa para poder concentrar-nos naquilo em que somos verdadeiramente fortes, que é o desenvolvimento de aplicações móveis”.





Talento 100% regional





Reforça que, “naturalmente, estar inseridos no CINM é importante pelos benefícios que obtemos, pelo facto das receitas serem internacionais. Podemos afirmar, exportamos cerca de 90% daquilo que produzimos. Literalmente, da Madeira para o Mundo”.


Atualmente são 5 pessoas na WalkMe, tudo talento 100% regional e todos formados na Madeira, sendo 4 engenheiros informáticos, com mestrado,  e 1 designer.


Lígia Gonçalves evidencia que “vale a pena seguir o nosso coração e lutar por aquilo em que acreditamos. Haverá certamente alturas em que nos questionamos se foi a decisão certa e surgirão desafios cada vez maiores, mas quando acreditamos nalguma coisa e trabalhamos para a conseguir, as oportunidades acabam por aparecer”. Reforça que, “acima de tudo, é preciso ser muito proativo, persistente e encarar os desafios de forma positiva. A concorrência está sempre lá e, por isso, temos que ter um fator diferenciador e tentar inovar cada vez mais. Estar um passo à frente e dar todos os dias o melhor de nós. Parar é morrer”.





Manter-se fiéis a si próprios








O WalkMe Madeira teve um grande refresh este ano
(foto: WalkMe Mobile Solutions)

Em relação ao futuro, começa por fala de um passado muito recente, quando lançaram uma versão completamente renovada da aplicação de caminhadas WalkMe e do respetivo website, o que acontece cinco anos depois do seu lançamento inicial. “Esta nova versão transpira a nossa paixão pelas caminhadas e mantém o objetivo de continuar a promover a beleza natural da Pérola do Atlântico, partilhando a informação útil e acompanhando os caminhantes na descoberta dos trilhos pedestres, sejam turistas ou residentes”.


Diz que ainda há algumas novidades do WalkMe, “mas o melhor vai ser esperar para ver”.


Já na área do entretenimento, revela que em breve irão sair outros jogos na área da cultura geral, seguindo a tendência dos jogos de perguntas e respostas mas com uma dinâmica muito diferente. “Temos muito trabalho pela frente mas estamos motivados para dar cada dia o melhor de nós”.

No fundo, para o futuro deixou claro que querem manter-se fiéis a si próprios, “continuar a fazer aquilo que gostamos, seguindo os nossos instintos e trabalhando da Madeira para o Mundo”.




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